M Ú S I C A   M E D I E V A L
 
                        
 
Na Idade Média o Homem manifestou sua espiritualidade intensamente ao tentar imprimir na arte os sinais do invisível. E difícil conseguir definir o período do início e fim da Idade Média, mas os historiadores tendem a aceitaras propostas que situam a era da História entre a queda da Civilização romana no século V, e o século XV, do Renascimento Humanista. Sendo assim, a música medieval, em tese, acompanha essa cronologia e que foi produzida por praticamente mil anos. Assim, ela nasceria com as primeiras manifestações artísticas de uma nova cultura, fundamentada na síntese das sociedades romana e germânica, ambas articuladas pela igreja.
 
A crise dessa sociedade marcaria também o declínio da música medieval. Segundo os documentos históricos medievais em geral, o corpo de peças musicais aumenta à medida que se aproxima seu fim. Isso se deve principalmente ao desenvolvimento de notação musical (portanto, é uma questão de registro, não se devendo se confundir com um retrato da intensidade da prática musical vigente).
O tipo de música mais antigo que conhecemos consiste em uma única linha melódica cantada, sem qualquer acompanhamento. Este estilo é chamado Cantochão ou Canto Gregoriano. Com o passar do tempo acrescentou-se outras vozes ao cantochão criando-se as primeiras composições em estilo coral.
 
Foi na Idade Media que surgiu e se desenvolveu a polifonia escrita e as primeiras notações musicais no Ocidente.
 
No século VI o papa Gregório institucionaliza o canto gregoriano que se torna modelo para a Europa católica. A notação musical sofre transformações, e os neumas  são substituídos pelo sistema de notação com linhas. O mais conhecido é o de Guido d’Arezzo . No século XI, ele designa as notas musicais como são conhecidas atualmente: ut (mais tarde chamada dó),ré, mi, fá, sol, lá, si.
 
A prática da polifônica dá um salto com a música desenvolvida por compositores que atuam junto à Catedral de Notre-Dame. Mestre Leonin e Perotin, o Grande, são os dois principais compositores dessa escola, entre 1180 e 1230. Abandonam o fluxo rítmico do fluxo rítmico do texto religioso, obedecido no canto gregoriano, em troca de divisões racionais, criando a base para escolas futuras.
 
Além do cantochão, cantado nas igrejas, produziam-se na Idade Média muita danças e canções. Durante os séculos XII e XIII houve intensa produção de obras em forma de canção. Os minnesangers e os meistersangers germânicos e os trovadores da Provença ao sul da França e os troveiros, ao norte, exercem forte influência na música e poesia medievais da Europa. Suas músicas de cunho popular, em dialetos franceses, enfatizavam aforismos políticos (como no compositor-poeta Marcabru), canções de amor (Arnaud Daniel, Jofre Rudel e Bernard de Ventadour), albas, canções cruzadas, lamentações, duelos poético-musicais e baladas. As bases para suas melodias são os modos gregorianos, porém o ritmo marcado e dançante, com traços da música de origem moçárabe do mediterrâneo.
 
Instrumentos da Idade Média: flauta Reta, Flauta Transversal, Cornamusa, Viela de Arco, Viela de Roda ou Symphonia, Alaúde, Harpa, Percussão, Flauta e Tambor, Flauta Dupla, Rabeca, Saltério, Organetto ou Portatino.
 
Principais compositores Medievais:
Perotin séc.XII   /  Leonin séc. XII  /  Guido d’Arezzo 995 – 1050  /  Philippe de Vitry 1290 – 1361  /  Guillaume de Machaut 1300 -  1377  /  John Dunstable 1385 – 1453.
                
 
 
Fontes:
STANLEY, John. MÚSICA CLÁSSICA - Os Grandes Compositores e as Suas Obras- Primas.
GAMA, Nelson. Introdução às escolas e seus instrumentos. São Paulo, Britten, 2005
PAHLEN, Kurt. HISTÓRIA UNIVERSAL DA MÚSICA . Ed. Melhoramentos. São Paulo.
www.spectrumgothic.com.br
www.renatacortzsica.com.br
 
 
 
Dulce Ana C. Nithack – Escritora, Palestrante, Psicoterapeuta Holística e Pedagoga (CRT 8.729)
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